A MINHA FACE

Compreendermos a convivência do mundo virtual é tentarmos adivinhar o conteúdo de uma carta fechada sem remetente.

Ao fim de quase quinze anos de permanência, com intervalos de alguns anos, consigo ainda ser surpreendida pela forma de actuação de certas pessoas, aliás, sempre digo que por detrás de um avatar está um ser humano.

E esses seres humanos por muito que tentem disfarçar há um momento que mostram a verdadeira face. Seja boa ou má.

As surpresas, sejam negativas ou positivas, acontecem.

Os últimos tempos têm sido semeados por essas surpresas e que aos poucos fui descobrindo e compreendendo.

Claro que as regras do jogo mudam com facilidade. O que é preciso é darmos conta, atempadamente, dessas mudanças.

Confesso que tem sido muito útil para mim, descobrir determinados procedimentos e convivências. Apura o meu tato  e o meu discernimento e faz amadurecer a minha forma de convivência.

Porque me remeto a estes pensamentos?

Porque sou uma mistura de mar de ondas bravias, do vermelho sol abrasador, do cheiro quente dos frutos da terra, dos sabores que entontecem a alma, dou-me à noite avassaladora dos meus sonhos, onde tudo é possível e adormeço nos seus braços.

NA MINHA FACE

Na minha face há a serenidade

de dias calmos baloiçando ao vento

entre o mar e as gaivotas 

que pululam o firmamento.

Nos meus braços há a ternura de sentimentos 

partilhados dia a dia 

na lembrança de um amor

vinculado e relembrado que, 

na encruzilhada do tempo, 

entre sonhos e memórias, 

vive gravado na areia de uma praia secreta, 

escultura sólida,

onde escrevo o alvorecer do amanhã

que comigo permanece 

na lhaneza da vida.

Um pensamento sobre “A MINHA FACE

  1. Adorei a seu modo de ver o mundo virtual, tentar descobrir quem é realmente a pessoa no seu estado emocional.

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